Rode Medeiros

Crescendo com as mudanças!

A palavra “mudança” pode ter um som agradável para aqueles que tem perfil comportamental voltado para experimentar novos desafios, gostam de vivenciar novas experiências, apreciam e ficam curiosos com novos e desconhecidos caminhos. Mas essa não é a realidade de todos pois muitos gostam da estabilidade, da constância e quando ouvem a mesma palavra se sentem jogados ao escuro, sem chão, inseguros e, portanto, resistem a qualquer tipo de mudança. Neste Blog, falo sobre como podemos crescer através das mudanças.

Recentemente, estava na praia conversando com um amigo sobre livros e ele me contou a experiência que teve com o livro “Quem mexeu no meu queijo”,  que é fundamental para novas visões sobre mudança. Ele era diretor em uma empresa e uma nova CEO tomou pose. Na primeira reunião geral onde seria transmitida as diretrizes da empresa para o novo ano, a nova CEO deu, para cada líder, o citado livro. Quando esse meu amigo o leu,  percebeu rapidamente o que iria acontecer: muitas demissões e readequações de cargos. Como ele entrou no rol dos demitidos, falar sobre mudança ainda lhe era traumático.

Como vimos, nem todas as mudanças são favoráveis, apreciadas e comemoradas. Mudanças pode gerar caos, novos esforços, sentimentos dúbios, insegurança. Se você já mudou de casa, de escritório, de cidade ou país, sabe bem o que eu estou falando. Quando a mudança é gerada por nós mesmos, para solução de algum incômodo que percebemos, o processo é mais aceitável e mais produtivo pois a esperança nos acompanha, mesmo assim ainda gerará um caos. Chamarei esse tipo de mudança de: Mudança Desejada.  No entanto, quando a mudança é gerada por agentes externos a nós, a vulnerabilidade nos atinge de tal forma que nos sentimos impotentes. Chamarei essa mudança de: Mudança Imposta.

Mudança Desejada

O desejo por mudança pode ser fruto de necessidade, quando o modelo que estamos vivenciando já não nos serve mais. Assim como o nosso corpo, a nossa mente, conceitos, valores, crenças também mudam e precisam de novas “roupas” que nos caibam. É um estilo de vida de solteiro que não nos serve mais e queremos vivenciar o casamento com alguém que amamos. É o emprego que antes nos empolgava e nos desafiava e agora nos entedia. É o conhecimento raso que antes nos satisfazia e agora não satisfaz mais. A necessidade de  crescer, de viver novas experiências nos chama, nos convida para a transformação, nos convida a mudar. Talvez o chamamento seja baixo como um sussurro e outras vezes grita como algo ensurdecedor. Nessa Mudança Desejada temos tempo para o planejamento necessário e também somos protagonistas. É no nosso tempo, ritmo e forma. Nós conduzimos!

Mudança Imposta

Você conhece a história da vaquinha? Eu a conheci em um convenção de liderança a muito tempo atrás. Vou contar abaixo:

A história da vaquinha

A história da vaquinha fala sobre um sábio que passeava pelo campo com o seu discípulo. Um dia, eles encontraram uma humilde casa de madeira, habitada por um casal e seus três filhos. Todos estavam mal vestidos, com roupas sujas e rasgadas. Seus pés estavam descalços e o ambiente aparentava uma pobreza extrema.

O sábio perguntou ao pai como eles faziam para sobreviver, já que naquele lugar não havia indústrias ou comércio, e não se via riqueza em nenhum lugar. Calmamente, o pai respondeu: “Temos uma vaquinha que nos fornece vários litros de leite todos os dias. Vendemos uma parte dele e com dinheiro compramos outras coisas que necessitamos. O restante usamos para o nosso próprio consumo. Dessa forma, sobrevivemos”.

O mestre agradeceu a informação, se despediu e foi embora. Quando se afastaram da casa, ele disse ao discípulo: “Volte lá, pegue a vaquinha e jogue-a do penhasco”.

O jovem ficou chocado, porque a vaquinha era o único meio de subsistência daquela família humilde. Mas ele pensou que o seu mestre teria seus motivos e, com muito pesar, levou a vaquinha até o penhasco e a empurrou. Essa cena ficou gravada na sua mente por muitos anos.

Depois de algum tempo, o discípulo, culpado pelo que tinha feito, decidiu deixar o mestre, retornar a aquele lugar e pedir desculpas  àquela família para a qual causou tanto mal. Ao aproximar-se, observou que tudo havia mudado: naquele lugar havia uma bela casa cercada por árvores onde muitas crianças brincavam, além de um carro estacionado.

O jovem sentiu-se triste e desesperado porque achou que aquela família humilde havia vendido tudo para sobreviver. Quando ele perguntou por ela, eles responderam: somos nós, continuamos aqui. Ele entrou na casa e perguntou ao pai o que tinha acontecido e ele, com um sorriso largo, respondeu:

“Tínhamos uma vaquinha que nos fornecia leite e com o qual sobrevivíamos. Mas um dia, a vaquinha caiu de um penhasco e morreu. Nesse momento, fomos obrigados a fazer outras coisas, a desenvolver outras habilidades que nunca tínhamos imaginado possuir. Dessa forma, começamos a prosperar e a nossa vida mudou”. 
 (fonte: A história da vaquinha: uma reflexão sobre a rotina limitante (amenteemaravilhosa.com.br)

Assim como a morte da vaquinha, nesta história, muitos acontecimentos externos podem nos tirar da zona de pseudo conforto e nos levar para outra dimensão muito superior que não havíamos imaginado.

O caminho do crescimento

Segundo John Fisher, psicólogo que desenvolveu a curva da mudança, há 8 fases principais que serão vivenciadas durante o processo de mudança que provavelmente a família que era dona da vaquinha vivenciou, assim como nós vivenciamos nas Mudanças Desejadas e Mudanças Impostas como maior ou menor intensidade. O segredo é aprender rapidamente o processo para voltar para a zona de conforto. https://www.linkedin.com/pulse/o-processo-de-transi%C3%A7%C3%A3o-pessoal-john-fisher-helder-ferreira/?originalSubdomain=pt

  1. Ansiedade – “Posso lidar com isso? Como será?”
  2. Felicidade – “Finalmente algo vai acontecer! Que bom, algo vai mudar!” Também pode causar uma negação: “Qual mudança? não estou vendo mudanças!”
  3. Medo – “Que impacto essa mudança vai causar? Como isso vai acontecer?”
  4. Ameaça – “Isso é maior do que eu pensava! Não sei se darei conta! Eu estou fora, isso não é pra mim!”  Pode levar a desilusão e a hostilidade: “Esse trabalho vai me matar”.
  5. Culpa – “Eu realmente fazia isso? Eu fiz tudo errado! Eu não me preparei!”
  6. Depressão – “Quem sou Eu?”
  7. Gradual Aceitação – ” Eu posso me ver no futuro”, “O futuro será bom pra mim”
  8. Seguir em Frente – “Posso fazer esse trabalho e ser bom pra mim”.

No processo de Coaching é normal que esses sentimentos citados acima aconteçam. No entanto, é necessário que o coachee tenha consciência que está em um processo de mudança controlado e seguro e que terá como resultado o crescimento pessoal e profissional que tanto deseja.

Como você tem vivenciado as mudanças em sua vida?

Leia também: Como superar dificuldades da vida – Rode Medeiros

Sou coach pessoal e profissional  e ajudo pessoas com:

Definição de objetivos

Autoconhecimento

Autogerenciamento

Atingimento de resultados

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